As notícias pegaram fogo quando do seu anúncio de êxodo. Pedrinho escolhera o Valencia para seu desenvolvimento na Espanha, e seria um de três jovens da geração 2008 que buscariam o desenvolvimento no país, e olha, já adianto que esse número dobrou desde sua chegada. Essa que quando anunciada, anunciava Pedrinho como o único deles a atingir interesse de um projeto de Euroliga para sua primeira temporada.
Essa, marcada por amplo domínio em quadra; maturação física e técnica; e capacidade de pontuar como poucos que dividiram canchas ibéricas. Aliás, foi assim que ele cravou 9.3 PPJ e mais de 55.6% de 2PT, em singelos 15.3 MinPJ na Copa Espanhola de Seleções Autônomas, entre os melhores de Valência.
Mesmo assim, Pedrinho e o Valencia não se acertaram pro segundo contrato, e os bastidores esfriaram.
O escolta foi atrás de uma nova casa.
Assim entra o Baskonia, time de Euroliga; Pablo Laso; responsável pela formação de Tiago Splitter; e tanto mais. A nova casa de Pedrinho fica no norte do país, em Vitoria-Gasteiz, um mundo totalmente diferente, uma nova adaptação. Em quadra, o cesteiro segue próximo à elite do basquete europeu; jogará Liga EBA e Junior, além de estar próximo ao time adulto. Fique atento, o escolta tem chances reais de mais protagonismo no ano da Seleção 2008, ao lado de Mathias Alessanco e João Gluck, o “Pará”. Pedrinho, de agora 1.96m de altura e 2.04m de envergadura, sobe de patamar mais uma vez, e planeja voos maiores. Ele falou sobre tudo:
ENTREVISTA
O que mudou do Pedrinho do Flamengo; do Valencia e agora Baskonia?
“Mudei bastante. Posso dizer que a leitura do jogo, o espaçamento em quadra, o jogo sem bola e a responsabilidade com ela foi o que mais mudei coletivamente de lá pra cá. Tenho muito a melhorar e continuo focando em alguns pontos nessa temporada, como o desenvolvimento da minha defesa, na meia distância e no tiro de longa distância.”
O que te fez escolher o tradicional time do norte da Espanha? Está adaptado ao país?
“O Baskonia é um clube muito bem estruturado e acostumado em desenvolver atletas na base. É o terceiro maior clube em títulos na ACB (Liga Espanhola) e na Euroliga, um dos maiores da história Espanhola. Pesquisei bastante e vi que vários brasileiros passaram por lá como Tiago Spliter, Marcelinho Huertas, Rafael Rachel, Lucas Zibechi e outros. O Rafael Rachel me ajudou bastante quando tive a oportunidade de vir jogar na Espanha, me passou toda a visão de como era jogar na Espanha e agora não foi diferente com o Baskonia. O Lucas Zibechi também foi muito importante com a minha escolha do Baskonia. Eles me passaram tudo que eu precisava saber pra tomar essa decisão com meus agentes e minha família.”
A temporada 2024-25 promete Seleção Brasileira Sub-17 e o melhor na base espanhola. Quais são seus objetivos pra essa temporada de estreia com o Baskonia?
“Estou me adaptando. O idioma não é mais um problema. Cheguei sem falar uma palavra em espanhol, mas hoje me comunico muito bem. Estou aprendendo inglês e já consigo me virar. Em quadra me vejo adaptado ao sistema de jogo, transição, defesa e outras coisas. Sei que tenho muito pra aprender, mas consigo perceber a diferença de intensidade e tática do jogo espanhol comparado com o do Brasil. A minha maior dificuldade em me adaptar foi com a alimentação, mas hoje sigo uma dieta e suplementação da nutrição. Tenho meus objetivos pessoais no Baskonia e sei que terei que trabalhar bastante pra alcançar cada um deles. Estou muito otimista de que farei uma excelente temporada. A Seleção Brasileira é um sonho. Espero poder vestir a camisa da Seleção e representar meu país da melhor maneira.”
O que lhe falta como jogador? Qual fundamento tem trabalhado mais?
“Venho treinando forte nessa pré-temporada para estar pronto e jogar em alto nível no campeonato basco e principalmente no Campeonato de Espanha Júnior, Adidas Next Generation e Liga EBA. Acho que prêmios individuais são consequências de um trabalho duro em equipe e não me preocupo com isso, mas serão bem-vindos. Estou ansioso em estrear com a camisa do Baskonia.”
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