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  • Foto do escritorArthur Salazar

O ladrão de Hype.

12 minutos separam o Reynan desconhecido entre os ianques, do "Brazilian Boy" que derrubou um dos fenômenos do colegial estadunidense e ainda comemorou em cima dele. Outros 15 minutos separam esse Rey, do cestinha líder da vitória zebrada do seu Cold Hearts contra o time dos falados. Não sei quanto tempo separa essa última atualização da coroa, do futuro brilhante que terá por lá...


O que sei, é que assim como na Copa América, quando tomou o estrelato de Elijah Fisher pra si, ou quando matou bolas decisivas contra Keyonte George na final do GlolJam, Reynan é um ladrão de hype. Um verdadeiro trombadinha do holofote.


Abraçando esse personagem, muito brasileiro por sinal, o Rey fala sobre a estreia "157" versus Cameron e Cayden Boozer.


"Fiquei sabendo que eu ia jogar contra os 'Boozers', e à partir daquele momento pensei bastante sobre o que eu ia e como eu ia fazer. Fiquei uma semana inteira pensando e assistindo alguma coisa deles! Fiquei ansioso sim. Fiquei ansioso pra entrar em quadra, mas não fiquei nervoso... Queria mostrar o meu nome sabe? Mostrar o que eu vim fazer aqui na OTE. Tive um pouco de nervosismo, mas não foi igual uma final de BCLA, até porque tem várias outras emoções que eu senti lá. Aqui foi diferente! Minha energia mudou bastante, meu conhecimento também... Então não foi uma energia de nervosismo, não que isso seja bom ou ruim!"


Sem nervosismo, Reynan foi Reynan. Costumeiramente, é um personagem muito expansivo em quadra, que comanda com total maturidade o que acontece no 5v5. É líder, e vive no topo da cadeia alimentar.


"Eu conversei com o Samis antes do jogo, falei o quão importante era esse jogo pra nós! Eu venho conversando muito com minha família, principalmente depois de ficar sabendo que teria esses jogos, porque eu queria mostrar quem eu sou por aqui. Sou conhecido no Brasil e tudo mais, mas aqui não me conhecem. Então, essa foi uma grande oportunidade de mostrar quem eu sou e começar com o pé direito, e isso vem da preparação mental que eu falei!"


Sobre o tal lance, Reynan desde sempre foi um moleque que dá medo, e nunca sente medo. Me apropriando do papo sem rumo dos coachs de internet: é um alfa. Assusta!


"O lance do Boozer foi a mesma coisa. Eu falei pra minha família que eu seria eu: aquele moleque ousado que faz as coisas, e que quando começa a ser assim, é exatamente quando o jogo se encaixa. É um jeito de eu me encontrar em quadra! No momento em que eu trombo com ele, e ele cai, eu fiz aquilo porque foi num momento de euforia, sabe? Me senti livre, me senti bem pra fazer aquilo e logo em seguida eu mato a bola de três! Foi uma energia muito diferente. Fazer aquilo; no lugar onde eu queria estar; no momento que eu queria, tudo isso se encaixou e foi um sentimento surreal. E foi quando eu cresci na partida, e percebi que eu tinha que ir pra cima. Se eu fosse agressivo eu iria conseguir jogar, e depois disso tudo se encaixou!"


Consciente donde pisa, Reynan não se afasta da conversa sobre as estatísticas. Ele entende a importância de fazer seu nome.


"Sobre meus números, tô bem satisfeito! Eu poderia ter feito mais, e no final senti uma câimbra que me fez sair de quadra, não conseguia correr... Então, eu fiquei sim com esse sentimento de que consigo fazer mais. Depois do jogo eu vi meus números e fiquei bem satisfeito."


Por fim, e estrelando no seu filme: Reynan, o Ladrão de Hype.


"É sempre bom quando o hype tá pra outros, e você como um desconhecido, faz o seu trabalho e mostra que não tem só eles ali. Esse era um dos meus focos! Mostrar que eu cheguei. Tem que me respeitar!"


"A mídia toda estava pra eles, pros irmãos Boozer, e eu gosto disso, porque eu faço meu trabalho e mostro quem eu sou. E isso não só sobre e para mim, mas também pra todo mundo no Cold Hearts. Somos uma família, e o jogo de ontem mostra nossa força."


"Foi uma satisfação jogar contra eles (Irmãos Boozer), e mostrar que eles são eles, mas que eu também tô lá! Tem que respeitar meu nome. Tem que respeitar minha história. Tem que respeitar o 'Brazilian Boy'. Tem que respeitar o Reynan! Porque eu cheguei aqui nos EUA, e vim mostrar meu nome; minha identidade; e sempre tentando levar meus companheiros junto."

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