Pinheiros; Paulistano; Franca e Mogi dividiram uma curiosidade em 2023: todos esses perderam para o Palmeiras Sub-18 ao menos uma vez. Vale ressaltar que a maioria desses times era favorito no confronto, uma vez que o Verdão era o único clube sem atletas profissionais ou com um elenco de LDB, e recheado de jovens esnobados por alguns desses mesmos clubes aí. Aliás, de todos os times que jogaram o Sub-18 Paulista na temporada passada, apenas Corinthians e São José não perderam do Palestra.
Nathan Balangio; Rahim Mouaha; Natã Nascimento; Alisson Venâncio, fizeram parte disso tudo. Mas a verdade, é que a magia do Palmeiras só existiu por conta do maestro que organizava todo o show: Kleber Sales Jr.
De Rondônia, Klebinho passou pelo Botafogo; Esperia e Pinheiros, antes de escolher o Verdão em 2021. Foi MVP de SP; campeão paulista e carioca; convocado para a Seleção Brasileira. Teve experiência, e sucesso, suficiente para conquistar seu espaço entre os maiores prospectos brasileiro. Mas, talvez por sua altura, ou pelo tempo esquentando o banco de Gabriel Caldeira, poucos esperavam que ele conseguisse ser o motor de um time, quiçá da máquina palmeirense que trituraria protagonistas.
Bom, ele foi. Com 16 pontos e 5 assistências, foi o maestro do Palmeiras que bateu Franca; teve 19 pontos cruciais versus Avaré fora de casa; 17 no Morumbi; mais 17 em casa vencendo Mogi; 20 contra o Pinheiros e uma temporada inteira como o melhor armador da geração 2005 em São Paulo.
Mesmo com tudo isso, Klebinho foi deixado de lado no mercado, e escolheu parar. Mas, só para quem tá no corre, e só corre quem é correria. Então, o fim virou hiato, e o adeus, um até logo. Ou melhor, até agora. Klebinho volta para sua primeira casa fora de casa, e o Botafogo tem o retorno do maior maestro que por lá passou nos últimos anos.
Um casamento perfeito: Klebinho e Botafogo. Perguntei tudo sobre o casório para ele!
ENTREVISTA
O que te motivou a retornar ao basquete após uma pausa no começo do ano? O fim de 2023 foi seu melhor momento em quadra?
“Acredito que o fim de 2023 foi o meu melhor momento, sim, mas aconteceram muitas coisas após isso que me fizeram cogitar a possibilidade de parar, então essa pausa acredito que foi muito importante para colocar a cabeça no lugar e pensar sobre tudo.
Tenho Deus comigo, ele está sempre cuidando de mim, sempre me guiando e ele me mostrou que tenho muita coisa pela frente ainda, que realmente deveria ir atrás do meu sonho. O basquete é minha vida e só quero realizar meu sonho de criança, me divertir, eu sei que Deus tem planos maiores e que ele está comigo, esse é o processo.”
Por que o Botafogo? O que te faz acreditar que sua ida para o Rio de Janeiro é o caminho certo?
“Penso que o Botafogo pode ser um bom lugar para o meu desenvolvimento, já que aspiro chegar no profissional. Não tenho pressa, pois sei que tudo é no tempo de Deus! Sei o tanto que trabalho e o tanto que me preparo para chegar no alto nível, acredito que vai ser um bom lugar, primeiro brigar pelo meu espaço no Sub-19; depois buscar uma vaga no Sub-23; minutos na LDB e depois pensar no profissional. Não tem como pular etapas, é um caminho muito longo ainda, mas sei o quanto me entrego e acredito que será um bom lugar para desenvolver.”
Qual é seu maior objetivo em 2024? O que você almeja no Glorioso?
“Meu objetivo é desenvolver o máximo possível e elevar o nível, quero ajudar meu time a chegar o mais longe possível nos campeonatos e evoluir o máximo, estrear em alguma das etapas da LDB e quem sabe começar a treinar com o profissional. Tive uma passagem pelo clube em 2018 e desejo continuar esse história vitoriosa construída até aqui, me sinto feliz no clube, todos acreditam no meu potencial e no meu trabalho, quero trabalhar para retribuí-los da melhor forma possível.”
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