[NOTÍCIA]
Técnico do Pato Basquete assume o projeto da Seleção 2006, que começa sua trajetória em menos de 30 dias no Sul-Americano. O treinador de 49 anos deve anunciar sua primeira convocação na amarelinha ainda nessa semana. A expectativa é de início de treinos no dia 5, e estreia na Colômbia (Valledupar) em 14 de novembro.
No Grupo A, o Brasil enfrenta Chile; Equador e Paraguai, e sonha com o bicampeonato após o título da geração 2004. Vale lembrar que a Sula garante três vagas para a Copa América Sub-18 de 2024, torneio classificatório para o Mundial Sub-19 de 2025 (quatro vagas).
[PERFIL]
Nascido em Limeira, Jece comandou a base do Nosso Clube de 1997 até 2015. Por lá venceu quase tudo, e assim ganhou espaço na comissão técnica do outro time da cidade: o Winner Limeira.
No competitivo projeto, Jece assumiu o time da LDB e com sucesso competitivo, ganhou espaço como auxiliar técnico do time adulto. Ficou em sua cidade até o fim do Winner Limeira, quando seguiu para Rio Claro ainda na função dupla de treinador da base e assistente do adulto. Seu tempo por lá durou apenas uma temporada.
Com convite do Botafogo, o limeirense assumiu o posto de auxiliar de Léo Figueiró e fez parte do histórico Fogão de 2019, vencedor da Liga Sul-Americana em pleno Parque São Jorge. Esteve no RJ até o fim do basquete botafoguense com a pandemia.
Desde então, Jece faz parte da CT do Pato Basquete, e na última temporada foi efetivado como técnico do time adulto. Nesse recorte de pouco mais de um ano, o treinador tem histórico de 26 vitórias e 23 derrotas no comando do time paranaense, além de um título estadual.
[OPINIÃO]
Após duas gerações comandadas por técnicos atuante em projetos na base - Galvani do Corinthians na geração 2004 e Bruno Porto do Minas com os 2007 - a CBB indicava interesse em um comandante de perfil diferente.
A surpresa fica na capacidade de persuasão da Confederação em trazer um técnico ativo no adulto; com pedigree de NBB e ainda com agenda recheada durante o torneio.
Suspeito que, para o Pato Basquete isso tudo é uma faca de dois gumes... Sem seu técnico no começo de temporada de NBB, o cenário competitivo fica obviamente mais instável. Porém, com o seu treinador no status de SELEÇÃO BRASILEIRA o projeto se beneficia com todo o prestígio que tal palanque oferece. Uma troca que o coadjuvante Pato pode arriscar fazer!
Para Jece, o "sim" é óbvio. Se tudo der certo, ele trabalha na Seleção até 2025, e ainda pode sonhar com mais do que o sucesso no clube ofereceria. Há um mar de possibilidades que se apresenta com o sucesso no basquete internacional, e quem disse que isso não pode combinar com uma temporada promissora do Pato? Uma decisão muito fácil!
Para os 2006, Jece não é um atuante na base nesse exato momento, mas tem histórico gigante e vitorioso. Espero uma adaptação rápida e tranquila do treinador, e aprecio sua experiência com o nível de exigência que o basquete adulto apresenta. Sobre o mapeamento, acredito que este será diferente e arrisco à dizer que vem com direito a lista final mais imprevisível.
Para a Seleção, a obrigação segue a mesma: FINAL NA SULA! O título seria lindo, mas o trabalho curto dessa geração - que nem Camp recebeu ao contrário dos 2004 - me força a tomar uma dose de realidade. Temos totais condições de vencer, mas não somos favoritos nem por muito, nem por pouco. Os hermanos estão no mesmo patamar e talvez até acima. Dito isso, no mínimo final.
A CBB replica o projeto de dois empregos em seus comandantes, com Jece e Gustavinho; os 2006 ganham um comandante para convencer; e a Seleção Sub-17 tem finalmente uma atualização: Jece Leite!
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